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Símbolos da Resistência: Franceska Mann, a bailarina polonesa que matou um soldado nazista.

  • Foto do escritor: Edran Blayner
    Edran Blayner
  • 24 de jun. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 5 de jul. de 2020

Olá pessoal tudo bem? aqui é o Edran, professor de história e escritor aqui do blog Entrelinhas da História, falaremos hoje acerca de uma mulher que mesmo a caminho de sua morte na câmara de gás, cometeu um ato de resistência contra dois soldados nazistas.

Franceska Mann, era antes do da II guerra mundial, uma bailarina de origem polonesa que por ser judia (palavra feminina de judeu), foi capturada pelos nazistas no beco de Varsóvia e levada até Auschwitz.


Anterior a sua prisão, Franceska Manheimer-Rosenberg seu nome de origem, chegou a ser considerada como uma das bailarinas mais promissoras de toda a polônia, trazia consigo uma beleza única, tal como, um carisma que era apreciado por muitos. Todavia, a exemplo de milhões de judeus, sua vida teve uma trágica reviravolta, em 1939 quando as forças do Terceiro Reich (SS), dominaram metade do território da polônia. (ficando a outra metade sobre o domínio dos soviéticos).


Já sob o domínio alemão em Varsóvia, Franceska teve de se mudar para o gueto de Varsóvia assim como todos os demais judeus que ali habitavam, a vida no gueto de Varsóvia era sob condições desumanas, imperando ali a fome, a miséria, doenças e também a falta de saneamento básico e assistência médica.


Dentro dessa ótica, Franceska Mann no ano de 1943 tendo junto a outros judeus sobrevivido a aniquilação e descaso por parte dos nazistas no beco de Varsóvia, ficou sabendo que havia próximo de onde ela estava, um hotel localizado na rua Dluga, 29, que haviam pessoas vendendo passaportes de países sul americanos (por alto custo diga-se de passagem) para judeus que queriam fugir do extermínio nazista ou mesmo da visão do governo geral nazista. Partindo então da lógica de sobrevivência, acredito eu que a única esperança para qualquer pessoa perseguida pelo governo nazista naquele período, esta seria a única solução para se manterem vivos. Franceska utilizou-se disso como estratégia.


Muitos historiadores, acreditam que essas vendas de passaporte eram coordenadas pelas forças da Gestapo (Policia Secreta do Estado), para conseguirem capturar o máximo de judeus (com condições financeiras) que conseguissem e então enviá-los a campos de concentrações espalhados por toda a europa nesse período.


Todavia, Franceska ao comprar o seu passaporte na realidade estava por fazer parte do último grupo de judeus que os nazistas embarcaram para levá-los até o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha.

Após algum período nesse campo de concentração, Franceska Mann foi transferida junto a outros 1800 judeus de Bergen-Belsen para Auschwitz-Birkenau, onde chegaram por volta de outubro de 1943.


Essa parte da história será relatada através das palavras de um prisioneiro que mais tarde conseguiria vir a escapar do campo de concentração de Auschwitz, cujo o nome era Jerzy Tabeau. O mesmo utiliza-se dessas palavras perante o tribunal militar internacional, em Nuremberg.


O mesmo relata que após a chegada em Auschwitz dos judeus ao qual Franceska fazia parte, foram direcionados para as sala de despir-se, sob a desculpa de serem desinfectados antes de cruzarem a fronteira com a suíça. Já na sala de despir-se soldados da SS ordenaram para que as mulheres judias tirassem a roupa, inclusive Franceska Mann e assim posteriormente seguirem para dentro da câmara de gás, todavia, através de um ato de resistência, Franceska lança um de seus sapatos de salto na cabeça de um dos soldados, cujo nome seria Schilinger, que ao se abaixar com as mãos na cabeça devido a dor que sentia, o mesmo se descuida de seu revólver, e num ato de oportunismo Franceska toma o revólver pra si e dispara duas vezes contra o guarda da SS, que foi direcionado posteriormente ao hospital, vindo a falecer no dia seguinte, além também de atirar contra a perna de um segundo soldado cujo nome era Emmerich, que se direcionava a ela para agredi-la e consequentemente reprimi-la,


Não demorando a perceber o ato que ali havia se passado, soldados da SS logo invadiram a sala de despir-se, vindo a abrir fogo contras as mulheres que ali estavam, já outra vertentes contam que as mulheres foram retiradas da sala uma a uma e levadas para o lado de fora para serem mortas a tiros.


Independente da vertente histórica ao qual ocorreu naquele período, convenhamos que essa passagem até hoje é considerada um dos períodos mais cruéis da história, e que certamente voltaremos a dialogar sobre ele aqui no blog.


Intensificamos aqui que, esse ato praticado por Franceska Mann foi visto pelos judeus segundo Wieslaw Kielar (Escritor polonês preso pelos nazistas) como: "um ato heroico" , além de segundo suas palavras " esse ato ser realizado por uma mulher frágil a caminho de sua morte deu apoio e coragem moral a todos os prisioneiro. De repente, percebemos que se ousássemos erguer o punho contra eles, aquele punho poderia matar, pois eles, também, eram mortais".


E aí pessoal ? O que acharam de Franceska Mann ? Gostaram dessa interessante e impactante história ? já a conheciam ? fiquem a vontade para comentarem e se inscreverem no blog, caso tenham gostado do conteúdo.



 
 
 

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